quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Israel destrói solução de dois Estados, diz deputada palestina

14 agosto 2012, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

Israel está destruindo a solução de dois Estados, com sua política expansionista de estabelecimento de colônias em Jerusalém, disse na segunda-feira (14) Hanan Ashrawi, parlamentar e membro do Comitê Executivo da Organização de Libertação da Palestina.

Falando para representantes diplomáticos e jornalistas em Jerusalém, Ashrawi atacou a política de Israel em Jerusalém Oriental ocupada dizendo que esta viola o direito internacional.

"O governo extremista israelense está realizando uma política de limpeza étnica”, acrescentou. Segundo a parlamentar, essas ações praticadas pelos sionistas israelenses violam acordos assinados e convenções internacionais.

A ativista da OLP afirmou também que "sem Jerusalém como capital da Palestina, não haverá Estado palestino, e sem um Estado palestino, não haverá paz nem estabilidade na região".

Ela apelou à comunidade internacional para apoiar a reivindicação palestina de constituir o Estado independente e para impedir as medidas israelenses que estão destruindo todas as chances para a paz e a estabilidade.

"Israel é responsável pela ocupação ilegal da Palestina e pelas inúmeras violações unilaterais do direito internacional e humanitário. Os palestinos vão persistir nos seus esforços para conquistar o status de Estado, seja no Conselho de Segurança ou na Assembleia Geral da ONU ", disse ela.

"Nós nos reservamos o direito de empreender meios diplomáticos e não-violentos para aproximar as agências da ONU e outras organizações a fim de concretizar a adesão às Nações Unidas. Mesmo que o calendário ainda não tenha sido estabelecido, estamos coordenando nossos esforços com os países árabes e muçulmanos, bem como com a comunidade internacional pelo reconhecimento do Estado palestino ", acrescentou.

A parlamentar terminou afirmando que é de extrema importância que a comunidade internacional ajude a salvar a Palestina das garras do unilateralismo israelense e tenha a vontade política de adotar medidas concretas para pôr fim imediato à ocupação militar da Palestina. (Agência Wafa)


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Israelense mata duas palestinas e é condenado a 45 dias de prisão

13 agosto 2012, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

Depois de terem sua casa destruída por um tanque israelense, Riyeh Abu Hajaj e sua filha, Majda, procuraram abrigo em outro edifício da Faixa de Gaza junto com um grupo de 30 pessoas também desalojadas. As mulheres palestinas carregavam uma bandeira branca quando foram assassinadas por um soldado israelense, que atirou no grupo enquanto caminhavam.

A história aconteceu durante o massacre de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, que matou 1,4 mil palestinos e 13 israelenses em apenas três semanas. Mencionado pelo relatório das Nações Unidas sobre o conflito, o caso figura entre os mais notáveis crimes de guerra cometidos pelo exército de Israel.

O tribunal das Forças Armadas de Israel condenou, no entanto, o ex-artilheiro a apenas 45 dias de prisão por “uso ilegal de arma” neste domingo (12), segundo o jornal norte-americano Global Post.

Conhecido como “sargento S”, o antigo militar se livrou das acusações de homicídio culposo, onde não há intenção de matar, depois de um acordo judicial no qual admitiu ter disparado contra o grupo sem permissão de seus superiores. Sua defesa argumentou que não existiam provas conclusivas para mostrar que seu cliente atirou contra as palestinas.

Em uma declaração da época do incidente, o exército israelense disse que a denúncia estava baseada em evidências de que o então soldado “mirou deliberadamente em um indivíduo dentro de um grupo que acenava bandeiras brancas sem ter sido autorizado ou ordenado a atirar”, informou o jornal The Guardian.

“Se a promotoria militar aceitar o pedido apresentado pelos advogados do soldado, de que não há conexão entre o disparo que ele admitiu fazer e o assassinato de mão e filha palestinas, isso significa que a investigação deste incidente nunca foi concluída”, disse a organização israelense de direitos humanos B’T Selem em um comunicado neste domingo (12).

O atirador foi o único militar israelense que enfrentou um processo judicial por abusos praticados durante a guerra de 2008 e 2009 na Faixa de Gaza, segundo o Global Post. (Fonte: Opera Mundi)

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