Mostrando postagens com marcador Chanuka. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Chanuka. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

LIGHT A CANDLE FOR COEXISTENCE

21 December 2011, Rabbis for Human Rights רבנים למען זכויות האדם (Israel)

Parasha / E-Letter

Weekly commentary by Rabbis for Human Rights: Parshat “Miketz”

Rabbis for Human Rights condemns the wave of fascism that has been sweeping over Israel in the last week, including: the torching of mosques, the burning of a Jewish-Arab center in Be’er Sheva, blocking roads in the West Bank, and the publication of racist books similar to “Torat HaMelekh.” Rabbis for Human Rights will light a candle of hope in Israel and in the Occupied Territories, a candle of shared existence, and insist that the security forces prevent continued violence and potential religious war. May your festival of light bring blessings and hope, and Shabbat Shalom.

Rabbi Jeremy Milgrom | Parashat “Miketz”: “More than once during the last 35 years, ever since I started composing Torah homilies, thereby allowing the Torah to speak through my life, the Joseph story (Genesis 37-50) has jumped up and bit me. This week, it brought together resonances of one event that gripped the Israeli public recently, another that passed right by it, a Hebrew phrase that inspired a poem my mother wrote a few decades ago, and the echo of an insight from my father’s Commentary on Leviticus”
“Tag Meir” (Light a Candle for Coexistence) Events

• Lighting the second Hannukah candle: Wednesday, 12.21.11, at 4:00 PM in A-Sirah a-Qabliya, next to settlement of Yitzhar (transport will leave from Gan HaPaamon at 3:00 PM. To sign up, contact Barak Weiss or Moriel Rothman at 054-315-7781)

• Lighting the third Hannukah candle: Thursday, 12.22.11, at 4:00 PM by the mosque in the village of Burqa (trasnport will leave from Gan HaPaamon at 3:00 PM. To sign up, contact Barak Weiss or Moriel Rothman at 054-315-7781).

• Lighting the fourth and fifth Hannukah candle: There will not be an event on Friday or on Saturday.

• Lighting the sixth Hannukah candle: Sunday, 12.25.11, Khirbet Zakariya, near Gush Etzion (hours and details will be published soon).

• Lighting the seventh Hannukah candle: Monday, 12.26.11, near the mosque in the town of Tuba Zangariya, in the North, at 5:00 PM (arrive on your own, and the Conservative Movement is organizing transport from Kibbutz Hanaton).

• Lighting the eighth Hannukah candle: Tuesday, 12.27.11. Yaffa, on Yafat St. | Gan HaShnayim (five minutes from the Hummus restaurant that was damaged by a Tag Mechir (price tag) attack). Details to follow.

Almost everyone is condemning the torching of mosques, and certainly will condemn the attack on the mosque in the village of Burqa last week. But the real test is not only to condemn, but also do demand that the security forces be prepared in advance to prevent the violence that will be enacted against Palestinians following the evictions of illegal outposts. Rabbi Nava Hefetz creates a theological and political link between the roots of the ideas in the book “Torat HaMelekh” and the attacks carried out on the military base of Hativat Ephraim. Last Thursday Palestinian cars were blocked from travelling in the area of Nablus. We believe that the blockage of roads in the West Bank could lead to dangerous inflammation of dormant tensions, and certainly is a violation of basic human rights.

Rabbi Nava Hefetz took a delegation of Rabbis for Human Rights down south
to protest the violation of human rights that took place there with the burning of the Jewish-Arab center, and to express solidarity with the activist and community leader Amal Ansa. Here is a slide show, with music and interviews, from the event that took place after the burning:

This week, one of our field activists was quoted in Ynet and in the Wall Street Journal about settler attacks on Palestinian cars in the Occupied Territories. In addition, he was also quote on Israeli News Channel Two about the burning of the mosque in Burqa after the eviction of outposts, and he emphasized the need to enact strong, active enforcement against the active members of the extreme right wing. ‘Bright tag’ candles at ‘price tag’ scenes By Melanie Lidman (Jpost).

Call for Volunteers:

Rabbinical Visit to Silwan: To participate in a rabbinical visit to Silwan, please get in touch with Rav Arik Ascherman at ravarik@rhr.israel.net, and 050-5607034 or with Moriel Rothman at moriel18@gmail.com or 054-3157781 or with Rivka, at info@rhr.israel.net or 02-6482757.

Demonstration Against the Disenfranchisement of the Bedouins in the Negev: 12.25 a weekly demonstration will take place at Tzomet Lehavim against the systematic discrimination against Bedouins in the Negev.

Rebuilding the Arab-Jewish Center that was Burned in Be’er Sheva- last week, anonymous attacks burned the Ajik Volunteer Tent, an Arab-Jewish center for equality, empowerment and cooperation, in Be’er Sheva, twice. We invite you to donate to help rebuild the center.

Happy Hannukah and Shabbat Shalom.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DESMOND TUTU, ISRAEL E EU

25 maio 2011/Carta Maior http://cartamaior.com.br (Brasil)

Para mim, é tão imoral empresas lucrarem com a ocupação israelense da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Leste quanto era no caso das empresas que lucravam com o apartheid sul-africano. Como o mundo e eu aprendemos há 25 anos, a pressão externa é muitas vezes necessária para provocar mudanças políticas e deter um governo opressor. A geração de hoje está preparada para desempenhar um papel histórico, ajudando a trazer a paz, a justiça e a igualdade para o Oriente Médio. O artigo é de Jordan Ash.

Jordan Ash - Common Dreams (EUA)

(Jordan Ash é representante do movimento Jewish Voice for Peace, em Minnesota,EUA)

Quando eu era criança, minha mãe incutiu-me um forte sentido de certo e errado. A moral que ela transmitiu estava firmemente enraizada na história do povo judeu. Minha mãe falou-me dos pogroms na Rússia, das duras condições de trabalho que os judeus tiveram que suportar e da discriminação que enfrentaram nos Estados Unidos. Ela também me falou de Samuel Gompers, que fundou a Federação Americana do Trabalho, e de Michael Schwerner e Andrew Goodman que deram suas vidas, ao lado de James Chaney, no movimento em defesa dos direitos civis.

As lições que aprendi foram claras. Devemos lutar pela Justiça. A discriminação e o preconceito são coisas erradas. Todas as pessoas são iguais e merecem ser tratadas com dignidade e respeito.

Nos feriados, comemorávamos momentos onde praticamos essas lições. Na Páscoa, nos lembrávamos que éramos escravos no Egito. A Chanukah é a história de como Judas Macabeu e um pequeno grupo de homens derrotaram o exército grego para que pudéssemos praticar a nossa religião. No Purim, nós vaiávamos quando ouvíamos o nome de Haman, que queria destruir os judeus e brindávamos a Ester que arriscou a vida para salvar seu povo.

E, é claro, ela me falou do Holocausto, das formas heroicas com os quais os judeus lutaram e dos modos horríveis pelos quais morreram. Esta foi a história que deu tanta importância à fundação de Israel. Era como se, após uma sucessão de tragédias, a história do nosso povo tivesse um final feliz.
Como fui ensinado, os árabes queriam negar-nos esse final feliz e jogar todos os judeus no mar, simplesmente porque eram judeus. Eu, como tantos outros judeus, não fui ensinado que a fundação de Israel exigiu a remoção forçada de 700 mil palestinos.

Quando cheguei à faculdade, em 1985, rapidamente me envolvi em uma tentativa de envolver a escola em um boicote contra empresas que faziam negócios com a África do Sul. Fui preso em um ato de desobediência civil, juntamente com outros dez estudantes, incluindo Amy Carter, filha do ex-presidente e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Jimmy Carter.

Por volta dessa época, vi um panfleto que falava sobre a aliança profana entre os Estados Unidos, África do Sul e Israel. Eu quis acreditar que se tratava de uma falsa acusação promovida por anti-semitas contra Israel, mas não era. Israel forneceu armas para o regime do apartheid.

Alguns anos mais tarde, quando Nelson Mandela foi libertado da prisão e visitou os Estados Unidos, alguns judeus ameaçaram protestar por causa de declarações de Mandela, comparando a luta dos palestinos com a dos negros sul-africanos.

O fato de essa verdade sobre Israel ser algo muito doloroso, eu ignorei-a. Mesmo eu que procurava viver com os valores transmitidos por minha meu, que trabalhava com os sindicatos e organizações da comunidade, ignorei o que as pessoas estavam dizendo sobre a opressão contra os palestinos. Eu coloquei Israel fora da minha mente e, por um longo tempo, também coloquei os judeus fora de minha mente.

Então, vinte anos depois, ouvi um grupo de jovens judeus se manifestarem contra o que Israel estava fazendo nos territórios ocupados e como eles – como judeus – se sentiram obrigados a fazer tudo o que podiam para impedir isso.

Eu fui para Israel então, para ver com meus próprios olhos. Eu vi que Israel estava construindo um muro de 425 milhas, separando comunidades e famílias umas das outras, agricultores de suas terras e impedindo os palestinos de chegarem ao trabalho ou à escola. Vi que o governo israelense estava demolindo casas palestinas, enquanto continuava permitindo a construção de novos assentamentos judaicos.

Ficou claro para mim que o principal interesse de Israel não era alcançar a paz, mas tomar as melhores terras para si, enquanto forçava os palestinos a uma vida de pobreza cheia de lembranças diárias de seu “status inferior”. A minha experiência confirmou o que Jimmy Carter tinha dito: que Israel criou um sistema de apartheid.

Pouco tempo depois de ter voltado, a Universidade de St. Thomas, em St.Paul, desconvidou o arcebispo Desmond Tutu para uma atividade, após o Conselho de Relações da Comunidade Judaica ter dito que Tutu teria feito comentários ofensivos à comunidade.

O que Tutu havia dito? “Eu fiquei profundamente angustiado na minha visita à Terra Santa, que me lembrou muito do que aconteceu com nós, negros, na África do Sul. Eu vi a humilhação dos palestinos nos postos de controle e de bloqueio nas estradas, sofrendo como nós, quando os jovens policiais brancos nos impediam de nos locomover”. Às vezes a verdade dói.

O site JCRC Minnesota apresenta uma citação do líder zulu sul-africano Chefe Buthelezi dizendo que “o regime israelense não é o apartheid”. Quem é o chefe Buthelezi? Ele foi um dos únicos negros sul-africanos a se opor ao boicote e a incentivar o investimento estrangeiro na África do Sul, alegando que era uma coisa boa para o povo negro. A comunidade empresarial internacional abraçou-o e ignorou o fato de que todos os líderes negros do movimento anti-apartheid eram a favor de sanções e do boicote.

Inspirado pelo sucesso do movimento de boicote e de desinvestimento contra o apartheid sul-africano, uma ampla fama de organizações da sociedade civil palestina fez um apelo em 2005 em favor da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções como parte de uma campanha não violenta para acabar com a ocupação israelense.

As pessoas que se opunham ao boicote à África do Sul 25 anos atrás argumentavam que a melhor maneira de mudar o apartheid era por meio do “engajamento construtivo” das corporações com o regime do apartheid. Elas estavam erradas.

Para mim, é tão imoral empresas lucrarem com a ocupação israelense da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Leste quanto era no caso das empresas que lucravam com o apartheid sul-africano. Como o mundo e eu aprendemos há 25 anos, a pressão externa é muitas vezes necessária para provocar mudanças políticas e deter um governo opressor. A geração de hoje está preparada para desempenhar um papel histórico, ajudando a trazer a paz, a justiça e a igualdade para o Oriente Médio.

Tradução: Katarina Peixoto