domingo, 15 de maio de 2011

Militares israelenses atiram contra palestinos e ferem 45 em Gaza

15 maio 2011, Vermelho

Pelo menos 45 palestinos foram feridos neste domingo (15) em Gaza por disparos do Exército israelenses durante um protesto na passagem de fronteira israelense, informaram os serviços de emergência palestinos. Quase mil manifestantes seguiam para a fronteira israelense para lembrar a “Nakba” (Catástrofe), ou êxodo palestino, o aniversário da criação do Estado de Israel, apesar dos disparos de advertência israelenses.

Dos 45 feridos, cinco se encontram em estado grave, de acordo com um balanço médico. Segundo a rádio militar israelense, os soldados, que receberam ordens estritas para proibir a entrada no território israelense, atiraram primeiro para o alto e depois nas pernas dos manifestantes.

O protesto envolveu milhares de pessoas, que fizeram uma passeata no norte da Faixa de Gaza, rumo à divisa do território com Israel, informaram testemunhas. Segundo elas, os tanques israelenses estacionados na área dispararam pelo menos quatro projéteis contra o local da manifestação. Uma porta-voz do Exército israelense confirmou que “está ocorrendo uma grande manifestação no norte de Gaza”, mas assinalou que, por enquanto, não pode confirmar que as forças tenham disparado contra a população.

Em um comício realizado na cidade de Gaza, que contou com a presença de aproximadamente 10 mil pessoas, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que os palestinos têm direito a resistir à ocupação israelense e recuperar as propriedades perdidas em 1948, informou o serviço de notícias israelense Ynet.

Este é o primeiro ano desde 2007 em que as distintas facções palestinas se unem na Faixa de Gaza para organizar atos conjuntos em memória da Nakba, o que foi possibilitado após a assinatura do acordo de reconciliação palestina, feito no início deste mês no Cairo. O Hamas, em coordenação com o Fatah, organizou os dois principais atos com apoio das demais facções palestinas. O primeiro foi realizado no norte da Faixa de Gaza e o segundo, na localidade de Rafah, na fronteira com o Egito. (Fonte: Portal Terra)

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