Mostrando postagens com marcador Gueto de Varsóvia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gueto de Varsóvia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

VITÓRIA: A ONU RECONHECE O ESTADO PALESTINO!

30 novembro 2012, EDITORIAL Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

Talvez, no futuro, o dia 29 de novembro venha a ser a data nacional palestina. Ou, ao menos, um grande feriado. A data marca uma grande vitória diplomática e política no caminho pelo reconhecimento do Estado Palestino independente, democrático e soberano. A Assembleia Geral da ONU aprovou, por 138 votos contra nove (EUA, Israel, Canadá e seis outros pequenos países) e 41 abstenções, a admissão da Palestina como Estado observador.

A extensão da vitória é expressa pelo fato de que mais de 2/3 dos 193 países membros da ONU terem votado pela elevação da Palestina ao novo status, conferindo, em nível internacional e diplomático, as prerrogativas, direitos e deveres de um Estado soberano. Um dos efeitos da nova situação será o reconhecimento internacional de que os territórios palestinos não são (como pretende Israel) áreas disputadas, mas “um país ocupado”, disse o negociador palestino na ONU Saeb Erakat.

Outro aspecto, jurídico, dessa vitória surge com a nova situação criada. O reconhecimento da Palestina como um Estado, mesmo que observador, dará a seu governo o direito de participar das agências da ONU e do Tribunal Penal internacional (TPI), com sede em Haia, ao qual poderá recorrer contra os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelo governo sionista de Tel Aviv nos territórios palestinos ocupados.

Aliás, o temor de que isso ocorra reflete, por sua vez, a extensão da derrota de Israel e seus aliados, sobretudo os EUA, no plenário da ONU.

Numa confissão insofismável dos crimes de guerra e contra a humanidade que cometeram ou com os quais foram coniventes, Israel e EUA tentaram obter, sem êxito, o compromisso palestino de não recorrer ao TPI. A pretensão foi rejeitada pelos dirigentes palestinos.

A hipocrisia dos EUA e a mentirosa diplomacia do sionismo justificam a resistência contra o reconhecimento do Estado Palestino pela ONU alegando que o caminho para isso é a negociação entre a Autoridade Palestina e Israel – negociação que fracassou justamente devido à intransigência, arrogância e agressividade do governo de Tel Aviv, com total apoio dos EUA.

O temor de um eventual recurso palestino ao TPI ilustra as ilegalidades cometidas por Israel, com apoio de seus aliados, sobretudo os EUA, e que foram responsáveis por aquele fracasso diplomático.

As forças de ocupação de Israel repetem, em território palestino, agressões semelhantes às praticadas pelas tropas nazistas durante a 2ª Guerra Mundial nos territórios ocupados (o Gueto de Varsóvia é um exemplo dramático). Hoje, passados mais de sessenta anos, Israel repete na Palestina a agenda nazista no leste da Europa e visa ao genocídio e extermínio da população palestina para roubar suas terras, casas, propriedades.

São crimes de guerra que se repetem, como o uso de armas químicas e bombas de fragmentação, proibidas pela Convenção de Genebra e pela Convenção de Armas Químicas. Entre elas o fósforo branco, que queima os corpos das vítimas sem poder ser apagado. Israel usa e abusa dele, como fez na Operação Chumbo Derretido (2008) e no recente ataque contra Gaza.

A Convenção sobre Armas Convencionais proíbe o uso de armas excessivamente letais, que provoquem danos excessivos ou atingindo indiscriminadamente a população civil que, ao contrário, deve ser protegida e poupada pelas forças atacantes.

As convenções internacionais também proíbem apropriação dos bens dos civis e punições coletivas contra ações da resistência à ocupação.

Israel não cumpre nenhuma das determinações sobre a proteção à população e seus bombardeios destroem moradias com moradores dentro, como no caso da família Al-Dallu que teve onze pessoas mortas pelas bombas de Israel, a maioria mulheres, e quatro crianças (entre elas um bebê de menos de dois anos de idade!). Edifícios públicos, uma universidade, inclusive um estádio de futebol, estão entre as centenas de alvos de Israel. Em apenas uma semana de ataques, foram destruídas 200 casas, 42 edifícios públicos, e danificadas cerca de oito mil residências.

A vitória palestina na ONU é um acontecimento histórico memorável pelo avanço democrático e fortalecimento da ordem jurídica internacional que representa. É também memorável pela notável derrota do imperialismo, da diplomacia dos EUA e da agressividade israelense. É uma vitória que indica o único caminho para a paz duradoura e sustentável: o reconhecimento da autonomia dos povos e independência e soberania dos Estados.

Brasil defende fim dos assentamentos israelenses e criação de Estado Palestino

30 novembro 2012, Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br (Brasil)

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixadora Maria Luiza Viotti, defendeu ontem (29) a criação de um Estado independente da Palestina com o compromisso da “autodeterminação e a uma paz justa e duradoura no Oriente Médio”. Viotti condenou a violência e cobrou o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Ela também recomendou a suspensão dos assentamentos israelenses em Gaza e Jerusalém Oriental.

“O Brasil dá seu firme apoio à aspiração legítima do povo palestino a um Estado soberano, independente, democrático, contíguo e viável, com base nas fronteiras de 1967, convivendo em paz e segurança com o Estado de Israel”, ressaltou a embaixadora. “Insistimos, igualmente, na necessidade de retirar o bloqueio à Gaza.”

Viotti lembrou que há 65 anos a Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha, aprovou a criação de dois Estados independentes no Oriente Médio – o de Israel e o da Palestina. Mas até hoje, segundo ela, a questão referente à Palestina está em aberto e é “uma das maiores ameaças à paz e à segurança internacionais”.

A embaixadora condenou os assentamentos israelenses, promovidos com o apoio do governo de Israel, nas áreas próximas à Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental. “Essa prática ilegal permanece sendo um sério entrave à paz na região e à realização da solução de dois Estados. O congelamento da construção de colônias, não é, entretanto, suficiente. A ocupação deve acabar”, disse.

Viotti reiterou ainda que o Brasil rejeita a violência cometida contra civis, como recentemente ocorreu durante os confrontos entre israelenses e o Hamas, movimento de resistência islâmica que ocupa parte da Faixa de Gaza, provocando mais de 160 mortos.

“O Brasil rejeita firmemente o extremismo e todas as formas de violência contra a população civil. Exortamos todos os atores a comprometer-se completamente com a não violência, com o diálogo e com negociações efetivas”, disse a embaixadora. “Todas as partes no conflito têm obrigações sob o direito humanitário internacional e devem cumpri-las.”

Para a embaixadora, o Quarteto (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e China) é inoperante e demonstrou sua ineficiência, na semana passada, durante os confrontos na Faixa de Gaza. Segundo Viotti, o Conselho de Segurança deve assumir a responsabilidade de comandar o processo de paz entre israelenses e Hamas.

“A promoção da paz no Oriente Médio interessa a todos os membros das Nações Unidas e não pode ser delegada a terceiros. Um quarteto inoperante e um Conselho de Segurança omisso não servem aos interesses da paz no Oriente Médio”, ressaltou a diplomata, elogiando a concessão do status de Estado observador para a Palestina. “Expressamos nossa grande satisfação com a demonstração inequívoca de apoio da comunidade internacional a essa solicitação.”

Edição: Talita Cavalcante

Celebra India foro internacional sobre Palestina

29 noviembre 2012, Prensa Latina http://www.prensa-latina.cu (Cuba)
Nueva Delhi, 29 nov (PL) Defensores por igual del derecho a la existencia de Palestina como Estado soberano, judíos, musulmanes y cristianos convergerán el sábado en la ciudad india de Mumbai en un foro de solidaridad con el sufrido pueblo árabe.

Más de 25 oradores de Palestina, Líbano, Siria, Irán, Afganistán, Pakistán, Estados Unidos, Reino Unido y la India expondrán su visión sobre las razones históricas y actuales del conflicto entre palestinos e israelíes, coincidiendo con momentos trascendentales en la vida de esa nación.

Este jueves, coincidiendo con el Día Mundial de Solidaridad con el Pueblo Palestino y mediante abrumadora votación, la Asamblea General de Naciones Unidas concedió a Palestina la condición de Estado Observador No Miembro y reafirmó el derecho de su pueblo a la libre determinación e independencia.

Los participantes en la reunión de Mumbai, denominada Conferencia Internacional por la Paz y la Justicia para Palestina, se pronunciarán sobre ese hecho y acerca de las recientes agresiones de Israel a la Franja de Gaza.

La India fue el primer país no árabe en reconocer al Estado de Palestina (noviembre de 1988) y respaldó su membresía plena a la ONU cuando en octubre del año pasado la Asamblea General votó una resolución sobre el tema.

Nueva Delhi apoya el plan de paz árabe, que exige la retirada de Israel a las fronteras anteriores a 1967, junto con el reconocimiento de Israel y el establecimiento del Estado de Palestina con Jerusalén Oriental como su capital.

Asimismo, ha pedido poner fin a los asentamientos ilegales israelíes en los territorios palestinos ocupados y se congratula de las conversaciones directas entre las partes en conflicto.

Tanto en Naciones Unidas como en otros foros internacionales, además, ha reiterado su apoyo a la lucha del pueblo palestino por un Estado soberano, independiente y viable, en paz con Israel y dentro de unas fronteras
seguras.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O “DIREITO À AUTODEFESA”, UMA TREMENDA VITÓRIA DA PROPAGANDA ISRAELITA


25 novembro 2012, Odiário.info http://www.odiario.info (Portugal)

Amira Hass*

Haaretz

Este artigo, de uma jornalista israelita e publicado no importante jornal Haaretz, é duplamente significativo e corajoso: pela recusa da propaganda que novamente pretende transformar agressores em agredidos, e pelo testemunho que dá de que o sionismo pode ser esmagadoramente dominante na sociedade israelita, mas que continua a haver - e possivelmente a aumentar - entre os israelitas a recusa e o combate essa ideologia racista, colonialista e fascista, factor central da longa e intolerável tragédia do povo palestino e do Médio Oriente.

Com o seu apoio à ofensiva de Israel em Gaza, os líderes ocidentais deram carta-branca aos israelitas para que façam aquilo que melhor sabem fazer: chafurdar na sua vitimização e ignorar o sofrimento palestino.

Uma das tremendas vitórias da propaganda de Israel é que tenha sido aceite como vítima dos palestinos, tanto em termos da opinião pública israelita como da dos líderes ocidentais, que se apressam a falar do direito de Israel a defender-se. A propaganda é tão eficaz que apenas os foguetes palestinos no sul de Israel, e agora em Tel Aviv, são inventariados no balanço das hostilidades. Os foguetes, ou os danos no que há de mais sagrado - um jeep militar- são sempre apresentados como ponto de partida e, ao som da aterradora sirene, como se se tratasse de um filme da Segunda Guerra Mundial, constroem a meta-narrativa da vítima que tem direito a defender-se.

Todos os dias, e na realidade em todos os momentos, esta meta-narrativa permite a Israel acrescentar um outro elo à cadeia do saque de uma nação tão antiga como o próprio Estado, enquanto ao mesmo tempo é ocultado o facto de que um fio condutor se desenrola desde 1948 quando foi negado aos refugiados palestinos o regresso aos seus lares, a expulsão dos beduínos do deserto de Negev em principios de 1950, a expulsão actual dos beduínos do vale do Jordão, as fazendas para os judeus no Negev, a discriminação nos orçamentos de Israel e os disparos contra os pescadores de Gaza para os impedir de ganhar a vida de forma respeitável. Milhões destes fios contínuos não tiveram interrupção desde 1948 até ao presente. É este o tecido da vida da nação palestina, tão isolados como estão na solidão dos seus diversos confinamentos. É assim o tecido da vida dos cidadãos palestinos de Israel e dos que vivem nas suas terras de exilio.

Mas estes fios não constituem toda a trama da vida. A resistência aos fios que nós, os israelitas, fazemos indefinidamente girar, também é parte da trama da vida dos palestinos. O significado da palavra resistência foi degradado para lhe atribuir o sentido de uma disputa muito masculina na qual os mísseis terão por alvo zonas muito afastadas (uma disputa entre as organizações palestinas, e entre elas mesmas e o exército regular israelita). Isto não invalida o facto de que, em essência, a resistência à injustiça inerente à dominação israelita é parte integrante da vida quotidiana dos palestinos.

Os ministérios dos Estrangeiros e do Desenvolvimento no Ocidente e nos Estados Unidos colaboram aleivosamente na mentirosa representação de Israel como vítima, uma vez que a cada semana recebem relatórios dos seus representantes na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza sobre um elo mais que foi acrescentado à cadeia de desapropriação e opressão que Israel impõe, ou até porque os seus próprios contribuintes “doam dinheiro para alguns dos desastres humanitários, grandes e pequenos, infligidos por Israel”.

Em 8 de Novembro, dois dias antes do ataque ao mais santo dos santos - os soldados de um exército em jeep – esses contribuintes poderiam ter lido que os soldados israelitas tinham morto Ahmad Abu Daqqa, de 13 anos, que estava a jogar futebol com os seus amigos na povoação de Abassan, a leste de Khan Yunis. Os soldados estavam a 1,5 quilómetros das crianças, dentro da zona da Faixa de Gaza, ocupados em “expor” (palavra utilizada para branquear uma outra, “destruir”) as terras agrícolas. Sendo assim, ¿porque não começar a narrativa da escalada de agressão na morte do menino? Em 10 de Novembro, depois do ataque ao jeep, o exército israelita matou outros quatro civis de 16 a 19 anos.

Chafurdar na ignorância

Os líderes do Ocidente podiam saber que antes do exercício do exército de Israel da passada semana, dezenas de famílias beduínas do vale do Jordão foram obrigadas a evacuar os seus lares. ¡Não é curioso que os treinos do exército israelita tenham sempre que ser realizados nos lugares onde vivem os beduínos e não onde estão os colonos israelitas, e que esse facto constitua um motivo para os expulsar? Outra razão. Outra expulsão. Os líderes do Ocidente também poderiam ter sabido, com base no artigo impresso a quatro cores em papel cromo em que é feito o relatório das finanças dos seus países, que desde o início de 2012 Israel destruiu 569 edifícios e estruturas palestinas, incluindo poços de agua e 178 moradias. No total, 1.014 personas foram afectadas pelas demolições.

Não ouvimos as massas de Tel Aviv nem os residentes das zonas do sul advertir os administradores do Estado sobre as implicações desta destruição sobre a população civil. Os israelitas chafurdam alegremente na sua ignorância. Esta informação e a de outros factos semelhantes está disponível e acessível a qualquer um que esteja realmente interessado. Mas os israelitas optam por não saber. Esta ignorância voluntaria é uma pedra angular da construção do sentido de vitimização de Israel. Mas a ignorância é ignorância: o facto de que os israelitas não querem saber o que estão a fazer, como potência ocupante, não nega os seus actos nem a resistência palestina.

Em 1993 os palestinos deram uma prenda a Israel, uma oportunidade dourada para cortar a trama dos fios que atam 1948 até ao presente, de abandonar as características de país de saque colonial, e de planear juntos um futuro diferente para os dois povos na região. A geração palestina que aceitou os Acordos de Oslo (cheios de armadilhas colocadas por inteligentes advogados israelitas) é a geração que conheceu uma multifacética, e até normal, sociedade israelita que permitiu a ocupação de 1967 (com o fim de conseguir mão de obra barata) com uma liberdade de movimentos quase completa. Os palestinos chegaram a um acordo sobre a base das suas reivindicações mínimas. Um dos pilares destas exigências mínimas definia a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como uma entidade territorial única.

Mas desde que teve início a aplicação de Oslo, Israel fez sistematicamente todo o possível para que a Faixa de Gaza se convertesse numa entidade independente, desligada, no quadro da insistência de Israel em manter e ampliar a trama de 1948. Desde o aparecimento do Hamas tem feito todos os possíveis para dar apoio à concepção que Hamas prefere: que a Faixa de Gaza é uma entidade política separada onde não existe ocupação. Se isto é assim, por que não ver as cosas da seguinte maneira: Como entidade política independente, qualquer incursão no território de Gaza é uma violação da sua soberania, e Israel está constantemente a fazê-lo. ¿Por acaso não terá o governo do estado de Gaza o direito de responder, de ripostar, ou ao menos o direito masculino - um gémeo do direito masculino do exército israelita – a assustar os israelitas da mesma forma que eles o fazem com os palestinos?

Mas Gaza não é um Estado. Gaza está sob ocupação israelita, apesar de todas as acrobacias verbais tanto de Hamas como de Israel. Os palestinos que vivem ali são parte de um povo cujo ADN contém a resistência à opressão.

Na Cisjordânia, os activistas palestinos procuram desenvolver um tipo de resistência diferente da resistência armada masculina. Mas o exército israelita destrói com zelo e determinação toda a resistência popular. Não temos ouvido dizer que os residentes de Tel Aviv e das zonas do sul se queixem da simetria de dissuasão que o exército israelita está a construir contra a população civil palestina.

E assim de novo Israel oferece mais razões a mais jovens palestinos, para quem Israel é uma sociedade anormal de exércitos e de colonos, para concluir que a única resistência racional é o derramamento de sangue e o contraterrorismo. E assim todos os elos da opressão israelita e toda a ignorância da existência da opressão israelita nos vai arrastando encosta abaixo na ladeira da disputa masculina.

*Amira Hass, jornalista israelita, filha de dois sobreviventes do Holocausto que, ao chegarem a Israel, se recusaram a viver em casas roubadas a palestinianos entretanto expulsos da sua terra.

Fonte original: http://www.haaretz.com/news/features/israel-s-right-to-self-defense-a-tremendous-propaganda-victory.premium-1.478913

QUANDO GAZA É TRUCIDADA OUTRA VEZ É VITAL ENTENDER O PAPEL HISTÓRICO DA BBC

22 novembro 2012, Resistir.info http://www.resistir.info (Portugal)

por John Pilger
O original encontra-se em johnpilger.com/...

Em The War Game, notável filme da BBC dirigido por Peter Watkins que previa as consequências de um ataque a Londres com uma bomba nuclear de uma megatonelada, o narrador diz: "Sobre quase todo o assuntos das armas termo-nucleares, agora há praticamente silêncio total na imprensa, nas publicações oficiais e na TV. Pode haver esperança neste silêncio?

A verdade desta declaração equivalia à sua ironia. Em 24 de Novembro de 1965, a BBC proibiu The War Game por ser "demasiado horripilante para um media de difusão ampla". Isto era falso. A razão real foi explicada pelo presidente do Conselho de Governadores da BBC, Lord Normanbrook, numa carta secreta ao secretário do Gabinete, sir Burke Trend.

"[The War Game] não é concebido como propaganda", escreveu ele. "Pretende ser uma declaração puramente factual e é baseado em investigação cuidadosa de material oficial... Mas mostrar o filme na televisão pode ter um efeito significativo sobre atitudes do público em relação à política da dissuasão nuclear". A seguir a um visionamento a que compareceram responsáveis sénior do Whitehall [Parlamento], o filme foi proibido porque contava uma verdade intolerável. Dezasseis anos depois, o então director-geral da BBC, sir Ian Trethowan, renovou a proibição, dizendo que temia o efeito do filme sobre pessoas de "inteligência mental limitada". O brilhante trabalho de Watkins foi finalmente mostrado em 1985 a uma audiência minoritária numa hora tardia da noite. Ele foi apresentado por Ludovic Kennedy, o qual repetiu a mentira oficial.

O que aconteceu a The War Game faz parte das funções da emissora estatal como pedra angular da elite dominante da Grã-Bretanha. Com os seus notáveis valores de produção, muitas vezes bons dramas populares, história natural e cobertura desportiva, a BBC desfruta de audiência vasta e, segundo seus administradores e beneficiários, de "confiança". Esta "confiança" pode bem ser aplicada ao [programa] Springwatch e [aos documentários de] sir David Attenborough, mas não há base demonstrável para ela em grande parte das notícias do chamados assuntos correntes que pretendem dar sentido ao mundo, especialmente quanto às maquinações da potência desenfreada. Há honrosas excepções individuais, mas observe-se como estas são amansadas quanto mais tempo permanecerem na instituição: uma "defenestração", como descreve um jornalista sénior da BBC.

Isto é notavelmente verdadeiro no Médio Oriente, onde o estado israelense obrigou com êxito a BBC a apresentar o roubo da terra palestina e o enjaulamento, tortura e matança do seu povo como uma "conflito" intratável entre iguais. De é no meio do entulho de um ataque israelense, um jornalista da BBC foi em frente e falou da "forte cultura do martírio de Gaza". Tão grande é esta distorção que jovens que assistiram à BBC New disseram a investigadores da Universidade de Glascow que ficaram com a impressão de que os palestinos são os colonizadores ilegais do seu próprio país. A actual "cobertura" da BBC da miséria genocida de Gaza reforça isto.

Os "valores reithianos"
[NT] da BBC, de imparcialidade e independência, são quase escrituras na sua mitologia. Logo depois de a empresa ser fundada na década de 1920 por lord John Reith, a Grã-Bretanha foi abalada pela Greve Geral. "Reith emergiu como uma espécie de herói", escreveu o historiador Patrick Renshaw, "que havia actuado responsavelmente e ainda assim preservado a preciosa independência da BBC. Mas embora este misto tenha persistido ele tem pouca base na realidade... o preço daquela independência foi de facto fazer o que o governo queria que fosse feito. [O primeiro-ministro Stanley] Baldwin... viu que se preservassem a independência da BBC seria muito mais fácil para eles abrirem caminho em questões importantes e utilizá-la para emitir propaganda do governo".

Pouco conhecido do público, o facto é que Reith foi o redactor de discursos do primeiro-ministro. Com a ambição de se tornar vice-rei da Índia, ele garantiu que a BBC se tornasse um evangelizador do poder imperial, com a "imparcialidade" devidamente suspensa sempre que o poder estivesse ameaçado. Este "princípio" a BBC tem aplicado à cobertura de toda guerra colonial da era moderna: desde o encobrimento do genocídio na Indonésia até à supressão de filmes que testemunhavam o bombardeamento do Vietname do Norte e ao apoio à invasão ilegal de Blair/Bush do Iraque em 2003 e o eco agora familiar da propaganda israelense sempre que aquele estado fora da lei abuso do seu cativo, a Palestina. Isto atingiu um nadir em 2009 quando, aterrada com a reacção israelense, a BBC recusou-se a emitir um apelo conjunto de instituições de caridade em favor do povo de Gaza, metade do qual são crianças, a maior parte delas desnutrida e traumatizada pelos ataques israelenses. O relator das Nações Unidas, Richard Falk, ligou o bloqueio de Israel a Gaza ao Gueto de Varsóvia sitiado pelos nazis. Mas, para a BBC, Gaza – tal como a frota de ajuda humanitária atacada mortiferamente por comandos israelenses – em grande medida apresenta um problema de relações públicas para Israel e seu patrocinador estado-unidense.

Mark Regev, propagandista chefe de Israel, aparentemente tem um lugar reservado no topo dos boletins de notícias da BBC. Em 2010, quando apontei isto a Fran Unsworth, agora promovida a director do noticiário, ela objectou com veemência à descrição de Regev como um propagandista, acrescentando: "Não é nossa tarefa sair à procura do porta-voz palestino".

Com lógica semelhante, a antecessora de Unsworth, Helen Boaden, descreveu a cobertura da carnificina criminosa no Iraque como baseada no "facto de que Bush tentou exportar democracia e direitos humanos para o Iraque". Para provar a sua tese, Boaden apetrechou-se com seis páginas A4 de mentiras verificáveis de Bush e Tony Blair. Para não ocorrer a nenhuma das duas mulheres que ventriloquismo não é jornalismo.

O que mudou na BBC é a chegada do culto do administrador corporativo. George Entwistle, o recém nomeado director geral que disse nada saber acerca das falsas acusações da Newsnight de abuso infantil contra o aristocrata Tory, está para receber 450 mil libras de dinheiro público por concordar em renunciar antes de ser despedido: o modo corporativo. Isto e o escândalo anterior de Jimmy Savile podia ter sido redigido para o Daily Mail e a imprensa de Murdoch cuja abominação em causa própria por parte da BBC durante muito tempo proporcionou à corporação a sua fachada "de combate" como uma eminente guardiã das "emissões de serviço público". Entender a BBC como uma eminente propagandista do estado e censora por omissão – muito frequentemente afinada com os seus inimigos de direita – está na agenda pública e é onde deve estar.


[NT] Reithian values: Do nome de John Reith , primeiro administrador da BBC.

Ver também:

When Propaganda Masquarades as News

SHARON CUENTA LA VERDAD

26 noviembre 2012, Rebelión http://www.rebelion.org (México)

Traducido para Rebelión por J. M. y revisado por Caty R.

gilad.co.uk

Gilad Sharon, hijo de Ariel Sharon, escribió en el diario Jerusalem Post que Israel debería "Aplastar toda Gaza”.

“No debería haber electricidad en Gaza, tampoco gasolina ni vehículos en movimiento, nada. Entonces realmente nos llamarían para un alto el fuego”, escribió. "Tenemos que aplastar barrios enteros de Gaza. Aplastar toda Gaza. Los estadounidenses no se detuvieron en Hiroshima, los japoneses no se rindieron lo bastante rápido, entonces golpearon Nagasaki también".

Muchos israelíes y sionistas están “indignados”, pero hay que decir la verdad. Los conceptos de Sharon son plenamente compatibles con el sionismo, con el pensamiento israelí y con algunos aspectos de la cultura judía.

Las manifestaciones de Sharon, por ejemplo, son plenamente compatibles con algunos devastadores pasajes del Antiguo Testamento:

"Van a perseguir a sus enemigos, y caerán por la espada delante de vosotros. Cinco de vosotros perseguirán a un centenar y un centenar de vosotros causará la fuga de diez mil; vuestros enemigos caerán por la espada delante de vosotros “. Levítico, 26:7-8.

"Cuando el Señor tu Dios te haya introducido en la tierra a la que vas a entrar para poseerla, antes expulsarás a muchas naciones... tienes que destruirlos totalmente. No hagas tratos con ellos y no les muestres misericordia". Deuteronomio 7:1-2.

"No dejes vivo nada que respire. Destrúyelos completamente... como el Señor tu Dios te ha mandado... "Deuteronomio 20:16.

Así que, tanto como su padre y sus antepasados espirituales, el joven Sharon quiere destruir a los habitantes de Gaza, quiere reducirlos, a ellos y su civilización, a polvo, pensamientos incrustados por desgracia en el Antiguo Testamento. A pesar de que los judíos religiosos son seguidores más del Talmud que de la Torá y pueden ser críticos de las interpretaciones literales del libro Sagrado, Gilad Sharon, es un israelí laico y sin embargo aquí sigue la interpretación más banal y literal del texto bíblico.

Sharon también está en línea con la filosofía del ultrasionista Vladimir Jabotinsky y su Muro de Hierro. Jabotinsky creía en la construcción de un “muro de hierro que la población originaria (árabe) no podría romper ni atravesar”. Algunos podrían argumentar que en 1948 el muro de hierro de Jabotinsky, se transformaría en la columna vertebral del pragmatismo político israelí y, aunque en gran parte realizada por sus enemigos políticos, la Nakba podría verse como la materialización de la ideología de Jabotinsky.

Los puntos de vista de Sharon son también similares a los expresados esta semana por el diputado del parlamento de Israel Eli Yishai, quien sostuvo que "debemos arrojar a Gaza nuevamente a la Edad Media, destruyendo toda su infraestructura, incluyendo caminos y agua".

El joven Sharon claramente cuenta la verdad. Nos ofrece una mirada auténtica de la psicosis asesina israelí y el mensaje que debemos extraer es obvio. Ahora es tiempo de admitir que no podemos comprender la psicosis colectiva israelí y la fascinación por la violencia y la muerte sin un profundo conocimiento de la cultura judía, la supremacía judía y el tribalismo judío.

Por razones obvias algunos judíos, e incluso algunos palestinos, no quieren aceptar esta verdad e insisten en evitar cualquier crítica al carácter judío del "Estado judío". Esta vertiente filosófica sería casi cómica si no fuera tan trágica. Procesar la raíz de barbarie en la causa sionista es ahora una obligación humanitaria elemental.

Creo que hemos llegado a un punto de no retorno. Ahora debemos examinar críticamente la política judía, el cabildeo judío y los crímenes israelíes en el contexto de la cultura judía. Este enfoque puede salvar al mundo y es de esperar también que pueda ahorrar que muchos judíos porten los grilletes de su propio patrimonio.

Una anécdota

Me hizo gracia realmente saber hoy que el famoso sionista Jeffrey Goldberg, un exguardia del campo de concentración del ejército israelí, fue uno de los primeros en denunciar Gilad Sharon. Así es como se refirió al artículo de Sharon en Twitter:

@ JeffreyGoldberg.- "Gilad Sharon ha pedido a Israel que bombardee Gaza hasta que no queden rastros. Estoy un poco sorprendido de que el Jerusalem Post publicara semejante dreck” (mierda en idish, N. del T).

No queda claro en absoluto dónde se opone Goldberg a las declaraciones de Sharon. Sin embargo es obvio que Goldberg está atormentado por la idea de que la visión de Sharon salga a la luz. “Estoy un poco sorprendido de que el Jerusalem Post publicara tal dreck”, dice. Goldberg cree que los aspectos criminales tan intrínsecos a la supremacía tribal es mejor mantenerlos dentro de los muros del gueto. No quiere que los goyim (no judíos N. del T.) sepan. Así que, previsiblemente, Goldberg fue uno de los primeros que atacaron mi libro The Wandering Who*, y persiguió a mis seguidores por las mismas razones. Estaba muy preocupado por lo que la gente lee acerca de Israel, el sionismo, la política judía de identidad y la ideología que lo motiva a él mismo para servir en el medio como un agente del sionismo.

* En español La identidad errante, Ediciones del Oriente y del Mediterráneo, 2012, traducido por Beatriz Morales Bastos.

Fuente: http://www.gilad.co.uk/writings/sharon-the-truth-teller.html#entry31099957

Argentina: JUDÍOS DEL MUNDO: ¡UNÍOS! (CONTRA EL FUNDAMENTALISMO ISRAELÍ…)

Ribat Al Andalus http:// www.ribatal-andalus.org (España)

contacto@ribatal-andalus.org

Boletin RIBAT Al-Andalus nº114 (22 Noviembre 2012)

Adrian Salbuchi*

Desde fines de la segunda guerra mundial, los judíos han disfrutado de creciente poder, influencia, riqueza y bienestar en todo Occidente, especialmente en los Estados Unidos. Dado el sufrimiento padecido por los judíos de Europa durante aquella guerra, hoy se les trata con especial cuidado y consideración en todo el mundo. Ello les permitió realizar su sueño de fundar un Estado soberano en Palestina, haciendo caso omiso de la enorme injusticia impuesta a los palestinos.

El sistemático horroroso comportamiento israelí, sin embargo, ha puesto en peligro esta "categoría especial" de la que viene disfrutando.

Se acercan los tiempos en los que la Diáspora judía en todo el mundo y los israelíes tendrán que tomar una decisión: o se alinean rigurosamente detrás de la derecha israelí– y se preparan para caer con Israel –, o se alinean con las naciones en las que viven y continúan disfrutando del tratamiento justo que esas naciones dispensan a su ciudadanía decente.

El grito histérico de “¡Antisemitismo!” que suelen lanzar los multimedios de prensa globales y las entidades de choque sionistas como la ADL –Liga Antidifamación– y AIPAC en EE.UU., o la DAIA y AMIA en la Argentina, ya no van más.

Hoy todo el mundo mira horrorizado y con asco la manera en que los israelíes asesinan, hieren y humillan a la población civil en Gaza; hoy, igual que en enero 2009; igual que en el Líbano en 2006; igual que como viene haciendo desde los años cuarenta.

Siempre protegido por EE.UU., el Reino Unido y Europa –especialmente la autoflagelante y acomplejada Alemania– Israel, como el proverbial niño malcriado, cree que puede hacer lo que quiere, cuando quiere, donde quiere y contra quienes quiera. Y, si alguien se queja, al niño malcriado israelí le agarra un ataque de rabia y grita “¡le voy a contar a mi hermano mayor!”. El Gran Hermano USA, se entiende...

Eso es exactamente lo que hace Israel, sabiendo que una y otra vez el Gran Hermano Homero Simpson de Washington está listo para darle una paliza a cualquiera que se atreva a tocar a la 'pequeña Israel': sea Irak, Siria, Libia, Afganistán, Irán...

Bueno… todo esto está por acabarse. De manera que cada ciudadano judío decente en todos los países del mundo debiera poner las barbas en remojo: ¡aléjense todo lo que puedan de la locura que hoy afecta a Israel!

¿Ha llegado nuestra fecha de vencimiento?

Este es el título de un artículo publicado en el diario israelí Haaretz el pasado 9 de octubre, citando palabras del ex secretario de Estado de EE.UU., el New York Post dijo: “Palabra por palabra: dentro de diez años ya no habrá más Israel”.

A lo que Haaretz agrega, “¡Qué tontería! ¿no? Claramente Israel sobrevivirá para siempre. Primero, porque eso es lo que dicen nuestros líderes. Segundo, porque disponemos de un gran ejército, bombas inteligentes, una economía estable y alta tecnología. Tercero, porque Dios está con nosotros. Estos son hechos” Hmmm…. Los primeros dos definitivamente son hechos. El tercero, sin embargo, es sumamente debatible…

En este sentido, el pasado 28 de agosto el periódico estadounidense Foreign Policy Journal se refirió a un análisis de 82 páginas de extensión titulado 'Preparándonos para un Medio Oriente Pos-Israel', que fuera comisionado por las 16 agencias de inteligencia de los Estados Unidos pertenecientes a la Armada, Ejército, Fuerza Aérea, Cuerpo de Marina, Guardacostas, Agencia de Inteligencia para la Defensa, los Departamentos de Energía, Seguridad Doméstica, Estado, Tesoro, la DEA, el FBI, la NSA, las agencias Geoespacial y de Reconocimiento, y la CIA.

Algunos dudan de la autenticidad de este documento confidencial, mas sus conclusiones según publica Foreign Policy Journal parecen muy creíbles a la luz de informes anteriores confeccionados por académicos de alto nivel como Stephen Walt (Universidad de Harvard), John Mearsheimer (Universidad de Chicago), el ex presidente Jimmy Carter y su asesor de seguridad nacional Zbigniew Brzezinski. Algunas de sus observaciones son:

“En vista de la ocupación brutal y las políticas beligerantes que lleva adelante, Israel es hoy tan imposible de salvar como lo fue Sudáfrica bajo el Apartheid, especialmente considerando que aún en 1987 Israel era la única nación de “Occidente” que mantenía relaciones diplomáticas con Sudáfrica, siendo el último país en unirse al boicot internacional antes que ese régimen racista colapsara;

Con su creciente apoyo a los 700.000 colonos ilegales en el margen occidental ocupado, la conducción israelí está crecientemente fuera de contacto con la realidad política, militar y económica de Oriente Medio;

El Gobierno pos-laborismo conformado por la coalición del Likud se encuentra profundamente comprometido e influido por el poder político y financiero de esos colonos, y se enfrenta a convulsiones internas crecientemente virulentas, con las que el Gobierno estadounidense no debiera verse asociado ni involucrado;

La burda interferencia de Israel en los asuntos internos de los Estados Unidos a través de resonantes casos de espionaje y transferencia ilegal de armas estadounidenses que incluye su apoyo a 60 organizaciones de fachada y a aproximadamente 7.500 funcionarios estadounidenses que trabajan para promover los intereses de Israel, procurando dominar e intimidar a los medios y agencias del Gobierno de los EE.UU., lo que resulta inaceptable;

La infraestructura de ocupación segregacionista de Israel se ve evidenciada por la discriminación legalizada y los sistemas de justicia crecientemente arbitrarios e inicuos, no debe seguir siendo financiada ni directa ni indirectamente por el contribuyente norteamericano, ni ignorado por el Gobierno de EE.UU.;

Israel ha fracasado como Estado democrático, y la continuada cobertura financiera y política que le otorga EE.UU. no cambiará su creciente transformación en un Estado paria internacional;

Se observa creciente racismo rampante y violento entre los colonos judíos del margen occidental, que es tolerado por el Gobierno israelí hasta tal grado que el mismo se ha transformado en su protector y socio;

La creciente brecha entre judíos norteamericanos que objetan las practicas sionistas e israelíes que incluyen el asesinato y un trato brutal contra los palestinos bajo la ocupación israelí, conforman burdas violaciones de leyes norteamericanas e internacionales. Ello se transforma en un creciente debate dentro de la comunidad judía respecto de la responsabilidad de EE.UU. de proteger a toda población civil en cualquier país ocupado (la así llamada “Política R2P”);

La oposición internacional a este régimen de creciente apartheid no puede ya seguir sincronizándose con los valores humanitarios que EE.UU. declama mantener, ni con las expectativas de EE.UU. en sus relaciones bilaterales con los 193 miembros de la Organización de Naciones Unidas;”

Pareciera, entonces, que todas las ventanas de oportunidad se van cerrando rápidamente para la elite de poder de ultraderecha que hoy manda en Israel.

La sangría horrorosa que Israel ha lanzado contra Palestina bien podría conformar la primera movida estratégica israelí en el Gran Tablero de Oriente Medio, orientada a aumentar las convulsiones regionales que ellos esperan arrastrarán a Estados Unidos y la OTAN a invadir Siria y, luego, preparará el camino para el tan anhelado ataque militar unilateral contra Irán. En tal caso la apuesta es infinitamente más alta y peligrosa pues el desenlace bien podría ser una guerra nuclear de proporciones inimaginables.

O están con nosotros o están en contra de nosotros…

Ese y no otro es el mensaje de Tel-Aviv a todo el mundo, y a todos los judíos del mundo, recordando el tono pendenciero de 'Baby Bush'.

Es aquí donde yace un tema fundamental y vital para todas las comunidades judías del mundo, incluida la numerosa comunidad judía en la Argentina.

El mundo se va hartando crecientemente de Israel y la cobertura mediática orwelliana absolutamente tendenciosa de los multimedios de difusión occidentales, que incluye los multimedios argentinos, solo parecen echarle nafta a las llamaradas de esta confusión programada.

Crecientemente, el apoyo a Israel se basa menos y menos sobre datos, hechos y evidencias, y más y más sobre la irracionalidad y la repetición 'ad nauseam' de los sufrimientos judíos del pasado. La “lógica” israelí, entonces, es como sigue: dado que los judíos de Europa sufrieron a manos de europeos hace setenta años, esto nos da hoy el derecho a asesinar y atormentar a los palestinos, robándoles su territorio nacional.

Toda crítica a Israel es inmediatamente calificada como “¡Antisemitismo!” y todas las matanzas genocidas perpetradas por la ultraderecha israelí se hacen “para proteger a, y en nombre de, todos los judíos del mundo”. Pero la verdad está saliendo a la luz del día.

Hoy disponemos de grandes canales de noticias con una visión alternativa que nos brindan una explicación mucho más equilibrada acerca de este y otros temas. No sorprenderá entonces que en estos días Israel lanzara dos ataques contra los estudios en Gaza del canal iraní de noticias en inglés PressTV, hiriendo a personal y periodistas.

Se acerca el día en el que las personas decentes en todas partes empezarán a reaccionar contra esta locura israelí. Y, como tristemente suele ocurrir, se corre el riesgo de que las consecuencias las terminen pagando justos por pecadores.

En la práctica, las comunidades locales de judíos de la Diáspora están siendo colocadas en situación de gran peligro por la actual dirigencia israelí en conjunción con los multimedios internacionales y sus repetidores locales como 'Clarín' y 'La Nación' en la Argentina, que promueven la desinformación y las distorsiones en este tema tan fundamental para la paz mundial.

Un gran luchador por los derechos civiles de la población negra en EE.UU., Malcolm X, alguna vez dijo: “Si no te mantienes alerta, los diarios harán que termines odiando a las personas que están siendo oprimidas; y amando a las personas que las están oprimiendo”.

De manera que cada ciudadano judío en todas partes del mundo debe asumir una responsabilidad personal: o apoya activamente a Israel, con lo que tendrán que soportar las consecuencias que van surgiendo de ello, o deberán rechazar activamente esta locura de la dirigencia fundamentalista israelí y, como ciudadanos decentes, civilizados y pacíficos de sus respectivos países, dejar perfectamente en claro a través de sus organizaciones comunitarias - como la DAIA y la AMIA en Argentina - que no apoyan a un Israel que hoy administra en Gaza el mayor campo de concentración del mundo entero: un oprobioso “Auschwitz en Oriente Medio”.

El pasado 24 de septiembre, el diario estadounidense The Washington Post citó al presidente iraní Mahmud Ahmadineyad quien dijo que “Israel presiona a EE.UU. con la supuesta amenaza de que Irán desarrolla un arma nuclear, lo que conlleva la posibilidad de un ataque militar israelí contra Irán, para así torcerle el brazo a su mucho más poderoso aliado”. Pensándolo bien: muy probablemente Ahmadineyad no esté errado.

El tiempo se está acabando. Las máscaras están cayendo rápidamente, y los verdaderos rostros que esconden están asomando a la luz del día. Si se ha de evitar una nueva guerra mundial, todos los ciudadanos responsables en todo el mundo deberán adoptar una posición clara y tajante en estos temas cruciales. Las comunidades judías no son una excepción a ello.

Adrian Salbuchi para RT

*Adrian Salbuchi es analista político, autor, conferencista y comentador de radio y televisión

Argentina: JUDÍOS DEL MUNDO: ¡UNÍOS! (CONTRA EL FUNDAMENTALISMO ISRAELÍ…)

Ribat Al Andalus http:// www.ribatal-andalus.org (España)

contacto@ribatal-andalus.org

Boletin RIBAT Al-Andalus nº114 (22 Noviembre 2012)

Adrian Salbuchi*

Desde fines de la segunda guerra mundial, los judíos han disfrutado de creciente poder, influencia, riqueza y bienestar en todo Occidente, especialmente en los Estados Unidos. Dado el sufrimiento padecido por los judíos de Europa durante aquella guerra, hoy se les trata con especial cuidado y consideración en todo el mundo. Ello les permitió realizar su sueño de fundar un Estado soberano en Palestina, haciendo caso omiso de la enorme injusticia impuesta a los palestinos.

El sistemático horroroso comportamiento israelí, sin embargo, ha puesto en peligro esta "categoría especial" de la que viene disfrutando.

Se acercan los tiempos en los que la Diáspora judía en todo el mundo y los israelíes tendrán que tomar una decisión: o se alinean rigurosamente detrás de la derecha israelí– y se preparan para caer con Israel –, o se alinean con las naciones en las que viven y continúan disfrutando del tratamiento justo que esas naciones dispensan a su ciudadanía decente.

El grito histérico de “¡Antisemitismo!” que suelen lanzar los multimedios de prensa globales y las entidades de choque sionistas como la ADL –Liga Antidifamación– y AIPAC en EE.UU., o la DAIA y AMIA en la Argentina, ya no van más.

Hoy todo el mundo mira horrorizado y con asco la manera en que los israelíes asesinan, hieren y humillan a la población civil en Gaza; hoy, igual que en enero 2009; igual que en el Líbano en 2006; igual que como viene haciendo desde los años cuarenta.

Siempre protegido por EE.UU., el Reino Unido y Europa –especialmente la autoflagelante y acomplejada Alemania– Israel, como el proverbial niño malcriado, cree que puede hacer lo que quiere, cuando quiere, donde quiere y contra quienes quiera. Y, si alguien se queja, al niño malcriado israelí le agarra un ataque de rabia y grita “¡le voy a contar a mi hermano mayor!”. El Gran Hermano USA, se entiende...

Eso es exactamente lo que hace Israel, sabiendo que una y otra vez el Gran Hermano Homero Simpson de Washington está listo para darle una paliza a cualquiera que se atreva a tocar a la 'pequeña Israel': sea Irak, Siria, Libia, Afganistán, Irán...

Bueno… todo esto está por acabarse. De manera que cada ciudadano judío decente en todos los países del mundo debiera poner las barbas en remojo: ¡aléjense todo lo que puedan de la locura que hoy afecta a Israel!

¿Ha llegado nuestra fecha de vencimiento?

Este es el título de un artículo publicado en el diario israelí Haaretz el pasado 9 de octubre, citando palabras del ex secretario de Estado de EE.UU., el New York Post dijo: “Palabra por palabra: dentro de diez años ya no habrá más Israel”.

A lo que Haaretz agrega, “¡Qué tontería! ¿no? Claramente Israel sobrevivirá para siempre. Primero, porque eso es lo que dicen nuestros líderes. Segundo, porque disponemos de un gran ejército, bombas inteligentes, una economía estable y alta tecnología. Tercero, porque Dios está con nosotros. Estos son hechos” Hmmm…. Los primeros dos definitivamente son hechos. El tercero, sin embargo, es sumamente debatible…

En este sentido, el pasado 28 de agosto el periódico estadounidense Foreign Policy Journal se refirió a un análisis de 82 páginas de extensión titulado 'Preparándonos para un Medio Oriente Pos-Israel', que fuera comisionado por las 16 agencias de inteligencia de los Estados Unidos pertenecientes a la Armada, Ejército, Fuerza Aérea, Cuerpo de Marina, Guardacostas, Agencia de Inteligencia para la Defensa, los Departamentos de Energía, Seguridad Doméstica, Estado, Tesoro, la DEA, el FBI, la NSA, las agencias Geoespacial y de Reconocimiento, y la CIA.

Algunos dudan de la autenticidad de este documento confidencial, mas sus conclusiones según publica Foreign Policy Journal parecen muy creíbles a la luz de informes anteriores confeccionados por académicos de alto nivel como Stephen Walt (Universidad de Harvard), John Mearsheimer (Universidad de Chicago), el ex presidente Jimmy Carter y su asesor de seguridad nacional Zbigniew Brzezinski. Algunas de sus observaciones son:

“En vista de la ocupación brutal y las políticas beligerantes que lleva adelante, Israel es hoy tan imposible de salvar como lo fue Sudáfrica bajo el Apartheid, especialmente considerando que aún en 1987 Israel era la única nación de “Occidente” que mantenía relaciones diplomáticas con Sudáfrica, siendo el último país en unirse al boicot internacional antes que ese régimen racista colapsara;

Con su creciente apoyo a los 700.000 colonos ilegales en el margen occidental ocupado, la conducción israelí está crecientemente fuera de contacto con la realidad política, militar y económica de Oriente Medio;

El Gobierno pos-laborismo conformado por la coalición del Likud se encuentra profundamente comprometido e influido por el poder político y financiero de esos colonos, y se enfrenta a convulsiones internas crecientemente virulentas, con las que el Gobierno estadounidense no debiera verse asociado ni involucrado;

La burda interferencia de Israel en los asuntos internos de los Estados Unidos a través de resonantes casos de espionaje y transferencia ilegal de armas estadounidenses que incluye su apoyo a 60 organizaciones de fachada y a aproximadamente 7.500 funcionarios estadounidenses que trabajan para promover los intereses de Israel, procurando dominar e intimidar a los medios y agencias del Gobierno de los EE.UU., lo que resulta inaceptable;

La infraestructura de ocupación segregacionista de Israel se ve evidenciada por la discriminación legalizada y los sistemas de justicia crecientemente arbitrarios e inicuos, no debe seguir siendo financiada ni directa ni indirectamente por el contribuyente norteamericano, ni ignorado por el Gobierno de EE.UU.;

Israel ha fracasado como Estado democrático, y la continuada cobertura financiera y política que le otorga EE.UU. no cambiará su creciente transformación en un Estado paria internacional;

Se observa creciente racismo rampante y violento entre los colonos judíos del margen occidental, que es tolerado por el Gobierno israelí hasta tal grado que el mismo se ha transformado en su protector y socio;

La creciente brecha entre judíos norteamericanos que objetan las practicas sionistas e israelíes que incluyen el asesinato y un trato brutal contra los palestinos bajo la ocupación israelí, conforman burdas violaciones de leyes norteamericanas e internacionales. Ello se transforma en un creciente debate dentro de la comunidad judía respecto de la responsabilidad de EE.UU. de proteger a toda población civil en cualquier país ocupado (la así llamada “Política R2P”);

La oposición internacional a este régimen de creciente apartheid no puede ya seguir sincronizándose con los valores humanitarios que EE.UU. declama mantener, ni con las expectativas de EE.UU. en sus relaciones bilaterales con los 193 miembros de la Organización de Naciones Unidas;”

Pareciera, entonces, que todas las ventanas de oportunidad se van cerrando rápidamente para la elite de poder de ultraderecha que hoy manda en Israel.

La sangría horrorosa que Israel ha lanzado contra Palestina bien podría conformar la primera movida estratégica israelí en el Gran Tablero de Oriente Medio, orientada a aumentar las convulsiones regionales que ellos esperan arrastrarán a Estados Unidos y la OTAN a invadir Siria y, luego, preparará el camino para el tan anhelado ataque militar unilateral contra Irán. En tal caso la apuesta es infinitamente más alta y peligrosa pues el desenlace bien podría ser una guerra nuclear de proporciones inimaginables.

O están con nosotros o están en contra de nosotros…

Ese y no otro es el mensaje de Tel-Aviv a todo el mundo, y a todos los judíos del mundo, recordando el tono pendenciero de 'Baby Bush'.

Es aquí donde yace un tema fundamental y vital para todas las comunidades judías del mundo, incluida la numerosa comunidad judía en la Argentina.

El mundo se va hartando crecientemente de Israel y la cobertura mediática orwelliana absolutamente tendenciosa de los multimedios de difusión occidentales, que incluye los multimedios argentinos, solo parecen echarle nafta a las llamaradas de esta confusión programada.

Crecientemente, el apoyo a Israel se basa menos y menos sobre datos, hechos y evidencias, y más y más sobre la irracionalidad y la repetición 'ad nauseam' de los sufrimientos judíos del pasado. La “lógica” israelí, entonces, es como sigue: dado que los judíos de Europa sufrieron a manos de europeos hace setenta años, esto nos da hoy el derecho a asesinar y atormentar a los palestinos, robándoles su territorio nacional.

Toda crítica a Israel es inmediatamente calificada como “¡Antisemitismo!” y todas las matanzas genocidas perpetradas por la ultraderecha israelí se hacen “para proteger a, y en nombre de, todos los judíos del mundo”. Pero la verdad está saliendo a la luz del día.

Hoy disponemos de grandes canales de noticias con una visión alternativa que nos brindan una explicación mucho más equilibrada acerca de este y otros temas. No sorprenderá entonces que en estos días Israel lanzara dos ataques contra los estudios en Gaza del canal iraní de noticias en inglés PressTV, hiriendo a personal y periodistas.

Se acerca el día en el que las personas decentes en todas partes empezarán a reaccionar contra esta locura israelí. Y, como tristemente suele ocurrir, se corre el riesgo de que las consecuencias las terminen pagando justos por pecadores.

En la práctica, las comunidades locales de judíos de la Diáspora están siendo colocadas en situación de gran peligro por la actual dirigencia israelí en conjunción con los multimedios internacionales y sus repetidores locales como 'Clarín' y 'La Nación' en la Argentina, que promueven la desinformación y las distorsiones en este tema tan fundamental para la paz mundial.

Un gran luchador por los derechos civiles de la población negra en EE.UU., Malcolm X, alguna vez dijo: “Si no te mantienes alerta, los diarios harán que termines odiando a las personas que están siendo oprimidas; y amando a las personas que las están oprimiendo”.

De manera que cada ciudadano judío en todas partes del mundo debe asumir una responsabilidad personal: o apoya activamente a Israel, con lo que tendrán que soportar las consecuencias que van surgiendo de ello, o deberán rechazar activamente esta locura de la dirigencia fundamentalista israelí y, como ciudadanos decentes, civilizados y pacíficos de sus respectivos países, dejar perfectamente en claro a través de sus organizaciones comunitarias - como la DAIA y la AMIA en Argentina - que no apoyan a un Israel que hoy administra en Gaza el mayor campo de concentración del mundo entero: un oprobioso “Auschwitz en Oriente Medio”.

El pasado 24 de septiembre, el diario estadounidense The Washington Post citó al presidente iraní Mahmud Ahmadineyad quien dijo que “Israel presiona a EE.UU. con la supuesta amenaza de que Irán desarrolla un arma nuclear, lo que conlleva la posibilidad de un ataque militar israelí contra Irán, para así torcerle el brazo a su mucho más poderoso aliado”. Pensándolo bien: muy probablemente Ahmadineyad no esté errado.

El tiempo se está acabando. Las máscaras están cayendo rápidamente, y los verdaderos rostros que esconden están asomando a la luz del día. Si se ha de evitar una nueva guerra mundial, todos los ciudadanos responsables en todo el mundo deberán adoptar una posición clara y tajante en estos temas cruciales. Las comunidades judías no son una excepción a ello.

Adrian Salbuchi para RT

*Adrian Salbuchi es analista político, autor, conferencista y comentador de radio y televisión